I-MOTIRÕ EM MOVIMENTO (ANTIGO TERÇA EM MOVIMENTO)

Tupinikim

Bem Vindos!

Delírios Naturais + Vagner Preto

A primeira edição do Motirõ em Movimento, começou em noite muito agradável de verão.

O debate sobre Desigualdade Social e Solidariedade começou as 20:25hs com Elaine Castro interrogando os participantes sobre o entendimento das desigualdades e como agir da melhor forma na solidariedade:

Desigualdade Social e a Solidariedade:
“O debate contou com a participação de nove pessoas* onde as principais conclusões foram que a desigualdade social é algo que permeia no mundo há milhões de anos e persiste de forma mais evidente nos dias de hoje nos países capitalistas como o Brasil. Ficou evidente para os participantes tratar-se de uma questão 100% política.
As formas apresentadas que melhor foram exemplificadas para a diminuição da desigualdade, e aumento da solidariedade é a conversa mútua e atitude diária de cada um e a união de todos em prol de temas que julguem procedentes à reivindicação. Projetos Coletivos.
*Nove pessoas? Deixo aqui a minha reivindicação: “A união faz a força”!”

Elaine Castro – Proprietária da Glass, conceituada na união entre Artes Visuais e Moda.

A oportunidade é criada pelo evento e a população precisa se preocupar e atuar ativamente nas construções coletiva. Não se faz necessário ser político para se preocupar com a política exercida tanto na cidade, como no Estado ou país, o convite permanece e o evento persistirá na idéia em que todos devem participar mais ativamente de diálogos como esse.

Também recebemos de cara os Lowkos Bike Club. Fomos contemplados com a exposição de um Bel Air 1961 Azul e Branco e algumas bikes total “artesanais” no melhor estilo Chicano, ilustraram a noite com a cultura Low Rider (apesar de o Bel Air não estar apto a pular ainda). Em breve, eles farão uma reunião de amigos simpatizantes dessa vertente, divulgaremos com certeza.

Bel Air 1961

Lowkos Bike Club

O Live Paint contou com Danone e Nom, em telas bem fortes características próprias de seus trabalhos que facilmente são reconhecidos por quem é rua. Danone também trouxe uma ilustração maior ao evento com seus BoomBoxes, algumas raridades sonoras que ficaram junto ao Bazart.

NOM

Carol Malabares mais uma vez incendiou o lado de fora com a psicodelia de seus malabares flamejantes.

Carol Malabares

O empréstimo de livros e vinis contou com devoluções e novos empréstimos.

Banca de Livros e Vinis

O Bazart contou com nomes como Anti Pop, Tinta Fresca, Maria Joana Artesanato, Martinália, Marinega Bazar, O Mofo da Nega e Delírios Naturais. E daqui por diante, mais “iluminados”.

Martinália

O operacional do evento ficou por conta de Thata Oliveros, Marcelo Silva (Celo), Sol Macineli, Ney Braga, Sergio Narciso, Nobru e Smul junto a galera do Tupinikim.

E aí vem a parte mais gostosa dessa noite em si. O Rap, o Break, a Banda…

Afrobreak

Dj Thiago B8 (811 Deejays), iniciou os trabalhos com sua simpatia na discotecagem do evento, destilando seu acervo de peso fez com que os B.Boys e B.Girls se antecipassem, dançando e rodando conforme cada pedra atirada pelo grandioso DJ e pessoa que é. Confessando aqui que ele teve que amenizar o som para iniciar a mixtape que viria na sequencia, virando uma levada mais calma, sossegando os dançarinos. Dia 17 tem lançamento do DVD 10 ANOS PROJETONAVE no SESC Santo André, fique ligado!

Dj B8

Na sequencia Mixtape DAZRUA deu continuidade aos trabalhos com todo seu protesto, Gil, Gust e Bob travaram a atenção do público presente para as idéias, onde a intenção do grupo ficou clara na forma de conscientização, inaugurando inclusive a apresentação da novíssima “Não Vote em quem está no Poder“. Ao fim, máximo respeito à Jubileu Delírios Naturais, que mandou uma de suas letras na saidera, mostrando a essência de quem começou um “Motirõ em Movimento” no ABC em meados dos anos 80. Salve DAZRUA

DAZRUA e Jubileu Delírios Naturais

Finalizando os trabalhos musicais, a banda Laboratório, integrada pelo multi-instrumentista e técnico de som da casa Douglas Henrique, instrumentou com grande peso e estilo o break, que além de receber duas crews, contou com “avulsos” que não se contiveram em ficar parados e, sem problemas, afinal a intenção é a integração e a conexão humanitária:

Laboratório

Dub

Afrobreak: a crew trouxe um cenário bem atual do break, com movimentos novos, integrados à outras danças como o próprio ballet, performando passos fortes, complexos e sincronizados à batida;

Afrobreak

PD Crew (Palmares Dream): se mostrou uma crew de break mais clássica, com um estilo jogado, trouxeram um decorflex que ilustrou mais ainda a pista. Fortemente armados de palmas, mostrou a que vieram rodando e rodando.

PD CREW

Nos dois grupos de danças, ficou evidente a vontade de mais, então fica o recado aos organizadores de eventos em geral para convocar esse movimento corporal que carrega todo o peso da linguagem marginal, bem como nós do Coletivo, nos prontificamos a convidar em nova oportunidade.

Palmares Dream

A cobertura fotográfica foi um caso a parte. Em nenhuma edição anterior, viu-se tanta camera clicando o movimento. Oficialmente, ficou por conta de Thiago Nascimento, Aoran Draganofi, UNAI (União da Arte Independente) e extra-oficial por Charles Costa e alguns outros que não se identificaram. Lembrando que essa cobertura é itinerante e qualquer um pode participar.

Concluindo, o evento tem a intenção de promover a disseminação cultural e interconexões humanitárias, e isso está ocorrendo com força total, promovendo o encontro de gerações dos 18 aos 45 anos, no geral, formadores de opinião que participam ativamente na Cultura Nacional.

Logo, fica o recado a quem o entendimento dessa essência ainda não chegou, deixe pra beber após o debate e participe dele, consuma produtos independentes de nossa região, prestigie a música e os artistas visuais, empreste um livro ou um vinil, converse com algum desconhecido afim da troca de conhecimentos. Não se limite ao que vê, livre-se de preconceitos do que é certo ou errado e sinta um evento em que o foco não é o copo cheio e a mente vazia, participe dessas construções e espere mais de você mesmo. SEJA A MUDANÇA QUE QUER VER NO MUNDO!

Nosso Molotov é de Flores e nossa Baioneta é a Voz!

Por Sergio Narciso – Skatista, Técnico Adm em Telecomunicações e Produtor

Um pensamento sobre “I-MOTIRÕ EM MOVIMENTO (ANTIGO TERÇA EM MOVIMENTO)

  1. Fabio BoB disse:

    O Centésimo Macaco

    Nota: Para pesquisar o assunto, consulte a obra do biólogo inglês Rupert Sheldrake sobre campos morfogenéticos

    O macaco japonês Macaca Fuscata vinha sendo observado há mais de trinta anos em estado natural.
    Em 1952, os cientistas jogaram batatas-doces cruas nas praias da ilha de Kochima para os macacos.

    Eles apreciaram o sabor das batatas-doces, mas acharam desagradável o da areia.

    Uma fêmea de um ano e meio, chamada Imo, descobriu que lavar as batatas num rio próximo resolvia o problema. E ensinou o truque à sua mãe.

    Seus companheiros também aprenderam a novidade e a ensinaram às respectivas mães. Aos olhos dos cientistas, essa inovação cultural foi gradualmente assimilada por vários macacos.

    Entre 1952 e 1958 todos os macacos jovens aprenderam a lavar a areia das batatas-doces para torná-las mais gostosas.

    Só os adultos que imitaram os filhos aprenderam este avanço social.

    Outros adultos continuaram comendo batata-doce com areia.

    Foi então que aconteceu uma coisa surpreendente.

    No outono de 1958, na ilha de Kochima, alguns macacos – não se sabe ao certo quantos – lavavam suas batatas-doces.

    Vamos supor que, um dia, ao nascer do sol, noventa e nove macacos da ilha de Kochima já tivessem aprendido a lavar as batatas-doces.

    Vamos continuar supondo que, ainda nessa manhã, Um centésimo macaco tivesse feito uso dessa prática.

    Então aconteceu!

    Nessa tarde, quase todo o bando já lavava as batatas-doces antes de comer.

    O acréscimo de energia desse centésimo macaco rompeu, de alguma forma, uma barreira ideológica!

    Mas veja só: Os cientistas observaram uma coisa deveras surpreendente:

    O hábito de lavar as batatas-doces havia atravessado o mar. Bandos de macacos de outras ilhas, além dos grupos do continente, em Takasakiyama, também começaram a lavar suas batatas-doces. Assim, quando um certo número crítico atinge a consciência,

    Essa nova consciência pode ser comunicada de uma mente a outra.
    O número exato pode variar, mas o Fenômeno do Centésimo Macaco significa que, quando só um número limitado de pessoas conhece um caminho novo, ele permanece como patrimônio da consciência dessas pessoas. Mas há um ponto em que, se mais uma pessoa se sintoniza com a nova percepção, o campo se alarga de modo que essa percepção é captada por quase todos!

    Você pode ser o centésimo macaco!

    Essa experiência nos proporciona uma reflexão sobre a direção de nossos pensamentos.

    De certo modo, já sabemos que para onde vai o nosso pensamento segue a nossa energia.

    Grupos pensando e agindo numa mesma freqüência em várias partes do Planeta têm as mesmas sensações e acabam fazendo as mesmas coisas sem nunca terem se comunicado.

    Isso vale tanto para aqueles que praticam o bem como para aqueles que usam de suas faculdades para o mal.

    O acréscimo de energia, neste caso, pode ser aquela que você está enviando com o seu pensamento sintonizado na freqüência do crime noticiado que gera comoção geral.

    Parece coincidência, mas sempre que um crime choca e comove multidões, de imediato outros fatos semelhantes pipocam em diversos lugares.

    Será isso o efeito do centésimo macaco às avessas?

    Ao invés de indignar-se diante do crime noticiado, direcionando inconscientemente seu pensamento e sua energia para essas pessoas ou grupos que se aproveitam dessa energia toda para materializar mais crimes, neutralize com pensamentos conscientes de amor e perdão.

    Mude de canal na TV, vire a página do jornal, saia da freqüência e não alimente ainda mais a insanidade daqueles que tendem para o crime, e, também, daqueles que lucram com as desgraças alheias.

    São todos igualmente insanos, tanto aquele que pratica o crime quanto aquele esbraveja palavrões de indignação por horas diante das câmeras, criando comoção e levantando a energia que se materializará nas mãos daquele que está com a arma já engatilhada.

    Gerar material para construir um mundo melhor não requer tanto de grandes ações, quanto essencialmente grandes blocos de consciência.

    É preciso que mais gente se sintonize na freqüência e coloque aquele acréscimo de energia que pode gerar uma nova consciência em outros grupos, em outras partes do Planeta.

    Se cada um de nós dedicarmos alguns minutos todos os dias para meditar, entrando em sintonia com a freqüência do amor, basta para mudar muitas coisas desagradáveis acontecendo em nosso Planeta e criar uma nova consciência.

    Seja você também um “centésimo macaco” – para o bem!
    Paz !

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